29 de jul. de 2013

O que ficou...



Em uma 3ª feira, 23 de julho de 2013, chegamos ao DF (Planaltina) deixando Goiânia (GO) para trás depois de colhermos algumas informações sobre as impressões deixadas pela performance do Grupo no Parque Flamboyant.
 Depois da apresentação do espetáculo “ Marias da Luz”, as impressões que ficaram foram as melhores. No dizer de pessoas como Darwinson e Izabelzinha “deixou saudade”, sendo que para outros como no caso da Andréia e Maria Tereza, “ foi o melhor espetáculo que já vi”.
Mas a vida segue e o ônibus “As Graças” também e assim, numa terça feira nublada e fria deixamos o Hotel Umuarama em Goiânia. Uma neblina ( não muito densa ) nos alcançou na região de Anápolis e logo depois de um leve chuvisco que não chegou a se firmar, atravessamos a divisa do Distrito Federal com o sol brilhando, aquecendo e nos obrigando a abri mão das blusas que nos aqueciam.
Assim chegamos à Planaltina onde nos hospedamos no setor tradicional, uma parte antiga da cidade, de arquitetura colonial que já estava presente aqui antes do município se transformar em cidade satélite do Distrito Federal. Localizada a 27 km do Plano Piloto, a cidade como como todas as outras que fazem parte do complexo metropolitano do DF, sofre os males tão comuns dessa metrópole tais como abandono pelo fato de ter se tornado cidade dormitório, violência e trânsito infindável que torna muito difícil o acesso à cidade.
Rafael Leite
Planaltina-DF

24 de jul. de 2013


Saída de São Paulo no dia 17 de julho de 2013.
Chegada no estacionamento por volta das 5:52h. Depois dos acertos finais e arrumações, saímos da Ponte do Jaguaré às 7:38h.
Uma neblina densa cobria toda a cidade e quase não víamos as construções ao lado da Marginal do Rio Pinheiros. Depois de mais ou menos 25 minutos, acessamos a  Rodovia dos Bandeirantes com destino à Goiânia (GO).
A princípio, preocupados com o desempenho do ônibus, que acabou de passar por uma revisão de motor, somada ao acréscimo de turbos, câmbio e embreagem também novas. Depois do café da manhã (Km 28) da Rodovia dos Bandeirantes, abastecimento e verificações de praxe, na estrada percebemos que o desempenho ônibus estava além das expectativas.
Com o surgimento do sol que sempre traz calor, luz e alegria de vida, partimos os três ( Antonio, Scooby e eu), ao encontro desse com certeza trará muita transformação na vida desses “Argonautas” que embarcaram nessa nave rumo ao futuro. À esse Brasil que abre os braços e nos convida à receber esse abraço maravilhoso que daremos e receberemos desses irmãos tão queridos. 

Rafael Leite
Rafael Leite
 

23 de jul. de 2013


Em visita técnica a Goiânia em junho e com a parceria da produtora local Marci, fizemos a visita a alguns lugares possíveis para a realização do espetáculo: o parque Vaca Brava, a Praça dos Trabalhadores e o Parque Flamboyant, esse último já tinha sido indicado pelo Dionisio do grupo Teatro que Roda. Levando em consideração alguns fatores, como o acesso do ônibus e sua circulação durante o espetáculo, o espaço para adaptação das cenas e a concentração de público, foi escolhido o Parque Flamboyant. Apesar de o ônibus não poder entrar na área do parque, era possível circular com ele e levar o público até as cenas realizadas no ônibus, pois o parque é circundado pela rua e não tem grade. Outros elementos eram favoráveis como a presença da casa da administração do parque no local escolhido e locações que também se aproximavam um pouco do parque da luz: a presença de um lago, de bancos de praça e de uma área verde mais plana. 
 Daniela Schitini

22 de jul. de 2013

Diário de bordo das Marias da Luz
Dias  20 e 21 de julho de 2013
Parque  Municipal Flamboyant Goiânia - GO

Dia 20
Do parque da Luz para o Brasil

No dia 20 de julho, no parque municipal Flamboyant, em Goiânia, começou nosso grande desafio, de levar nosso espetáculo Marias da Luz, criado a partir da nosso vivência de um ano e meio de ocupação no parque da Luz em São Paulo, para 12 capitais brasileiras.
E muitas foram as dúvidas, angustias e questões a serem resolvidas. Desde questões conceituais e artísticas a questões praticas e concretas, para adaptarmos da melhor maneira possível, o espetáculo em um parque com outra realidade social e física.
Onde começar o espetáculo? Qual trajetória mais orgânica pra que ele aconteça? Como a dramaturgia criada das histórias recolhidas em São Paulo, cabem nesse novo contexto? Como adaptar o trajeto do nosso ônibus, de forma que, mesmo que ele não entre dentro do parque, como acontece na Luz, o espetáculo vá encontra-lo sem prejudicar a história que estará sendo contada?
Scooby, nosso técnico
Depois de horas de trabalho, chegamos na forma que nos pareceu melhor e começamos nosso espetáculo as 16h e um dia nublado, quente e acolhedor.
E as pessoas foram se aproximando aos poucos. No começo, sem entender direito o que estava acontecendo ali, o que aquela mulher fazia escrevendo no chão, porque uma painel de crianças desaparecidas em um lugar onde tantas crianças vão brincar… Aos poucos, esse público vai crescendo e no final do espetáculo, mais de cem pessoas nos acompanhavam.
Enfim, descobrimos na prática que as histórias dessas mulheres, que nos inspiraram no parque da luz, em São Paulo, em 2012,  se comunicam com as pessoas de qualquer lugar, pois são histórias que poderiam ser de qualquer mulher em qualquer tempo ou lugar!


Dia 21
Em um dia de sol

Rafael Leite
No segundo dia, agora com mais domínio do espaço físico e da trajetória do espetáculo, as Marias da Luz encontraram uma tarde ensolarado e quente em Goiânia. E como todo parque em dias quentes e ensolarados, muitas crianças correndo e brincando. Realidade diferente a nos adaptarmos. No parque da Luz, o número de crianças é muito pequeno e a maioria delas, ficam no parquinho, distante do local onde realizamos a peça. E nosso espetáculo não é infantil, embora seja livre para qualquer público que esteja no parque. Mas sem dúvida, foi o dia que tivemos o maior número de crianças no espetáculo. E elas acompanham, discutem com as personagem, oferecem ajuda… Outro grande aprendizado nessa caminhada pelo Brasil.
No número musical, onde Rafael Leite representa agora os músicos que tocam no parque na Luz e que, em São Paulo, fazem parte do nosso espetáculo, algumas delas dançavam e vinham conversar com as atrizes.
Esse é um grande desafio do teatro na rua. E um grande prazer também. O espetáculo nunca terá o mesmo texto, o mesmo formato e o mesmo tempo que, de certa forma, a sala preta dos teatros nos garante. Ele se modifica muito mais fortemente pelo público, pelo tempo, pelas diferenças físicas do espaço cênico.
Obrigada Goiânia, por nos proporcionar um início de temporada com tantos desafios e alegrias.
Obrigada pelos parceiros locais, que nos ajudaram a realizar a primeira etapa da nossa jornada pelos parque do nosso Brasil.


Caímos na estrada começando por Goiânia!

E começamos lindamente. A escolha do Parque Flamboyant foi ótima, apesar do ônibus não circular dentro do parque, conseguimos dar uma boa solução e as cenas ficaram lindas. O público,  que não esta acostumado com teatro itinerante, nos recebeu muito bem, acompanhou cada segundo.
Foi divertido e emocionante.
Foram dois dias de trabalho intenso, mas muito gratificante.


A caravana segue pra Brasília...